quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O carro do futuro




Se os salões de automóveis do mundo, marcam as tendências do futuro. Temo pelas próximas gerações.


Vamos imaginar que os grandes líderes empreendedores da indústria automobilística estivessem vivos e na ativa, esse salão seria bem diferente.

Imagino que seriam modelos de ônibus e carros coletivos, não poluentes, seguros, bonitos e confortáveis. Com tecnologia para que as pessoas possam acessar a internet pelos celulares, aproveitando as viagens, com melhor aproveitamento de espaço interno para os momentos de rush. Acho que teria esse foco no transporte coletivo ao invés do individual por que os líderes que fundaram suas empresas automobilísticas , pensaram em oferecer um produto que facilitasse a vida das pessoas, que permitisse a locomoção das pessoas. Não pensaram no poder representativo do carro, no status, no valor que a sociedade e a mídia colocariam nele. Quem inventou isso foram os que vieram depois, os que não queriam perder o mercado, os que queriam se manter no poder. Mas isso de certa forma está nos aprisionando ao passado.

Eu cheguei a conclusão de que não preciso ter um carro eu preciso apenas me locomover. E já fazem 2 anos em que estou aprendendo a me locomover sem depender de um carro próprio.

Passei por algumas fases, primeiro a vergonha e humilhação por não ter um carro, numa sociedade onde todos tem um carro. Te julgam pelo carro, te escolhem pelo carro, definem sua personalidade seu estilo pelo carro. Fi quei meio sem identidade.

Depois tive que reaprender a andar de ônibus, conhecer as linhas, conviver com as pessoas no coletivo, dividindo o mesmo espaço literalmente. Quem disse que dois corpos não ocupam o mesmo espaço deve experimentar ônibus em direção a periferia as 18:00hs assim como metrô na Sé . Tudo é aprendizado, usar o metrô, o trem , o taxi, alugar um carro quando necessário e contar com a carona de amigos e familiares.

Passada essa fase de abstinência, superada a adaptação, continuo viva, trabalhando, fazendo mercado, me divertindo, não deixei de fazer nada. Estou mais feliz , por que me sinto livre.

Se eu fosse uma engenheira eu pensaria em criar um modelo coletivo que beneficiasse o maior número de pessoas , otimizando os recursos naturais e poluindo menos.

Mas como não sou, eu procurei fazer a minha parte, usando o transporte coletivo, respeitando as pessoas que trabalham e se locomovem com outras formas de transporte, e escrevendo esse artigo para comunicar um conhecimento.