terça-feira, 30 de novembro de 2010

Intercâmbio de mentes inovadoras


Já imaginou ter um apoio internacional para o seu projeto social ou sua ONG? Não estou falando de dólares, estou me referindo a mentes inovadoras, sim, jovens universitários especializados nas mais diversas formações, estão interessados em fazer um estágio numa ONG como a sua.  É a ONG que escolhe o perfil do intercambista de acordo com sua necessidade, pode ser engenheiro, médico, músico, advogado, enfim, o que ela precisar. Eles ficam em média 3 meses, o trabalho é voluntário. A ONG só precisa fornecer  a moradia, alimentação e transporte durante o período.  Quem faz toda a articulação é o pessoal do AIESEC  WWW.aiesec.org.br  fone: (11) 4504-2395 , conversei com a Jaqueline Liao, que me contou que tem universitários inscritos do mundo todo e que precisa que as ONGs conheçam  o projeto e façam as solicitações.
Um projeto como esse pode ser uma experiência muito enriquecedora para a ONG e toda a comunidade, mas é preciso planejar exatamente o que se espera desse voluntário, também é importante lembrar que a língua base é o inglês. Portanto  para que os conhecimentos sejam compartilhados algumas pessoas precisam dominar o inglês.
Eu prometi uma visita no AIESEC, depois eu conto mais detalhes a respeito.

Apoio Técnico e Financeiro para ONGs


 Sabia  que tem uma ONG internacional que financia a projetos de sustentabilidade de ONGs brasileiras? É a NESst , ela trabalha para resolver problemas sociais importantes nos países emergentes, desenvolvendo e apoiando atividades empresariais que fortaleçam a sustentabilidade financeira de organizações da sociedade civil.
Tenho acompanhado alguns projetos de sustentabilidade de algumas ONGs, elas desenvolvem um produto ou serviço que geram recursos para a sustentabilidade do projeto social. Trata-se de um grande desafio, pois o próprio mercado está muito competitivo e para que se tenha lucro é preciso  uma infra estrutura e suporte técnico.  Mas, para superar isso as parcerias com o poder público, as empresas e as ONGs que financiam projetos sustentáveis como a NESst são uma possibilidade.
É verdade que a mais de 10 anos tem se falado nesse grande caminho das parcerias público e privado, mas hoje esses setores estão mais amadurecidos, tenho conversado com gestores do setor público, com empresários, e estão todos na mesma situação. Todos estão conscientes que ninguém resolverá nada sozinho, que somos organizações inter dependentes. Tenho acompanhado os Fóruns realizados por alguns setores, eles reúnem, governo, empresas e ONGs com o intuito de unir forças para solucionar problemas. A receita tem dado certo, porque as pessoas estão mais abertas, estão mais conscientes.
Para as ONGs interessadas em conhecer melhor o NESst , WWW.nesst.org/brasil2008.asp . Fiquem de olho, pois no inicio do ano haverá novo edital para as ONGs que desejam inscrever seus projetos para ter financiamento técnico e financeiro.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A essência do empreendedor

Na semana do empreendedor, resolvi refletir um pouco sobre o empreendedor.


Nos últimos tempos os grandes empreendedores, foram jovens que criaram produtos ou serviços revolucionários para o mundo. Hoje podem ser consideradas pessoas muito ricas e poderosas, mas no início tiveram um desejo de oferecer algo de útil ao maior número de pessoas.

Talvez a essência do sucesso, não esteja na pesquisa de mercado, na estratégia de marketing, ou nas consultorias famosas. Sim elas ajudam, mas são apenas ferramentas de apoio de uma idéia genuína. Algo que já estava ardendo dentro daquele empreendedor, a essência de tudo.

É o que de fato moveu aquela pessoa a mobilizar recursos, tempo e outras pessoas para realizar aquele sonho.

Hoje definir missão da empresa, virou protocolo, palavras bonitas e quase comuns dentro do mundo corporativo. Poucas carregam a verdadeira essência da empresa, e ela existe, mas está esquecida ou foi apagada pela competitividade do mercado.

Simplificando, imagine que se pudéssemos fazer uma pergunta aos fundadores de algumas empresas: Qual a missão de sua empresa?

Microsoft- Popularizar o computador no mundo inteiro

Google- organizar dados e disponibilizar para todas as pessoas de forma gratuita

Facebook- Manter contato entre amigos

Ultrafarma- Acessibilidade a medicamentos de forma segura e econômica ao maior número de pessoas

Peixe Urbano- Oferecer ofertas especiais ao maior número de pessoas

O que esses exemplos tem em comum?

São produtos e serviços que beneficiam o maior número de pessoas, elas oferecem informações, serviços que facilitam o dia a dia e geralmente carregam como característica a gratuidade. Esse modelo atrai imediatamente as pessoas, pois elas estão acostumadas com o mercado que oferece tudo por um preço, considerado modelo antigo, que restringia o acesso principalmente as informações somente a quem pagasse por elas.

Agora o desafio do empreendedor é encontrar formas de oferecer seus produtos e serviços de forma acessível ao maior número de pessoas com lucro. O Sebrae oferece muitos cursos e palestras sobre diversos temas para apoiar o empreendedor,tem uma biblioteca e faz pesquisas sobre os mercados, vale a pena conferir.

A resposta não está fora, e sim dentro de cada um, ao reconhecermos os nossos talentos e decidirmos utilizá-lo para beneficiar o maior número de pessoas. Tudo será mais simples, encontraremos diversos parceiros dispostos a nos apoiar, e sentiremos uma alegria e um prazer imenso em trabalhar e sermos úteis.

Sustentabilidade e Motainai

Neste mês participei de um curso sobre gestão de sustentabilidade na FAAP, inclusive recomendo, pois foi uma oportunidade de aprender e entender melhor sobre processos e sistemas de sustentabilidade corporativa, além de conhecer pessoas muito interessantes.


A vantagem do programa “Pense Melhor” da FAAP é que são cursos de 4 horas com um material didático muito bom, além da qualidade dos professores da FAAP. O preço é acessível e quem gosta de aprender e gosta de estar atualizado sobre as tendências terá suas necessidades satisfeitas. O programa oferece também palestras gratuitas com personalidades de peso do mundo acadêmico e do mercado. http://pos.faap.br/pensemelhor/

Mas, vamos ao título do artigo, eu percebi que minha avó que na década de 40 veio do Japão num navio, já sabia tudo de sustentabilidade por que tudo para ela era “Motai-nai”.

Motai-nai significa desperdício e toda vez que essa palavra era pronunciada era sinal de que estávamos desperdiçando alguma coisa, sejam recursos ou serviços ou mesmo a nós mesmos. Talvez a cultura do Motai nai tenha origem da escassez dos recursos naturais do Japão, ou ainda no pós guerra. Enfim, sei que meus pais cresceram nessa cultura, eu que já sou da terceira geração, confesso que tinha vergonha disso, algumas regras ou atitudes pareciam ser muito sovinas, como a reutilização de embalagens, ou levar o lanche de casa. Lembro que quando chovia, tinha que colocar os baldes e bacias para recolher a água da chuva. http://www.mottainai.org.br/

Mas hoje estas práticas são resultados de pesquisas de processos sobre sustentabilidade, como otimizar meus recursos, gerando economia , melhorando processos, diminuindo preços, satisfazendo meu cliente e mantendo a perenidade da empresa.

Como um conhecimento tão antigo, pode ser tão atual? Talvez por que os antigos tinham mais facilidade de escutar sua essência, seu coração. Eram mais felizes, com uma vida mais simples, trabalhavam, produziam, criavam seus filhos.

Agradeço meus antepassados pelos ensinamentos sobre o Motainai, que hoje podemos usar o nome de sustentabilidade ou ainda sabedoria.

Equações Impossíveis

Foi com o mestre Oscar Motomura que eu aprendi sobre “equações impossíveis”.


Quando temos um problema, temos que transformá-lo numa equação impossível , colocá-la na mesa e encontrar a solução, assim podemos viabilizar o impossível.

Fazer essa equação em grupo é mais interessante que sozinho, pois ampliam –se os olhares , perdemos a limitação do foco e podemos olhar o todo.

Só para elucinar seguem algumas equações impossíveis:

Como crescer sem dinheiro?

Como estudar sem tempo?

Como abrir meu negócio sem dinheiro?

Como pagar minhas dívidas e comprar minha casa?

Como deixar o estress e ser mais feliz?

As perguntas tem a capacidade de nos posicionar num portal de possibilidades, nossa mente é desafiada a encontrar uma resposta, diferente de uma sentença conformista do tipo:

Não posso crescer sem dinheiro.

Não tenho dinheiro, por isso não cresço.

Nossas idéias podem ser viabilizadas, com a internet podemos nos comunicar com qualquer pessoa que desejarmos, com o Google podemos pesquisar sobre qualquer assunto num único click. Podemos fazer uma equação impossível o jogar no Google, teremos centenas de respostas para pesquisar.

Na verdade o que aprendi com as equações impossíveis é que eu estava acomodada , mas agora percebi que tenho muitas coisas para serem realizadas , inclusive escrever meus artigos para continuar comunicando o conhecimento.

O carro do futuro




Se os salões de automóveis do mundo, marcam as tendências do futuro. Temo pelas próximas gerações.


Vamos imaginar que os grandes líderes empreendedores da indústria automobilística estivessem vivos e na ativa, esse salão seria bem diferente.

Imagino que seriam modelos de ônibus e carros coletivos, não poluentes, seguros, bonitos e confortáveis. Com tecnologia para que as pessoas possam acessar a internet pelos celulares, aproveitando as viagens, com melhor aproveitamento de espaço interno para os momentos de rush. Acho que teria esse foco no transporte coletivo ao invés do individual por que os líderes que fundaram suas empresas automobilísticas , pensaram em oferecer um produto que facilitasse a vida das pessoas, que permitisse a locomoção das pessoas. Não pensaram no poder representativo do carro, no status, no valor que a sociedade e a mídia colocariam nele. Quem inventou isso foram os que vieram depois, os que não queriam perder o mercado, os que queriam se manter no poder. Mas isso de certa forma está nos aprisionando ao passado.

Eu cheguei a conclusão de que não preciso ter um carro eu preciso apenas me locomover. E já fazem 2 anos em que estou aprendendo a me locomover sem depender de um carro próprio.

Passei por algumas fases, primeiro a vergonha e humilhação por não ter um carro, numa sociedade onde todos tem um carro. Te julgam pelo carro, te escolhem pelo carro, definem sua personalidade seu estilo pelo carro. Fi quei meio sem identidade.

Depois tive que reaprender a andar de ônibus, conhecer as linhas, conviver com as pessoas no coletivo, dividindo o mesmo espaço literalmente. Quem disse que dois corpos não ocupam o mesmo espaço deve experimentar ônibus em direção a periferia as 18:00hs assim como metrô na Sé . Tudo é aprendizado, usar o metrô, o trem , o taxi, alugar um carro quando necessário e contar com a carona de amigos e familiares.

Passada essa fase de abstinência, superada a adaptação, continuo viva, trabalhando, fazendo mercado, me divertindo, não deixei de fazer nada. Estou mais feliz , por que me sinto livre.

Se eu fosse uma engenheira eu pensaria em criar um modelo coletivo que beneficiasse o maior número de pessoas , otimizando os recursos naturais e poluindo menos.

Mas como não sou, eu procurei fazer a minha parte, usando o transporte coletivo, respeitando as pessoas que trabalham e se locomovem com outras formas de transporte, e escrevendo esse artigo para comunicar um conhecimento.


Menos é mais

Tenho feito um exercício simples que tem me ajudado a diminuir o consumo e me desapegar de algumas coisas que só entulham a minha casa.


Penso que tudo que tenho, tem vida: um lápis, um livro, uma blusa, um colar, um CD. Então eu me coloco no lugar desse objeto, penso em qual o seu sentido e depois penso se ele se sente feliz, e útil comigo. Depois eu me pergunto se estou realmente aproveitando tudo o que aquele objeto tem a me oferecer. Assim fica mais consciente a decisão de doar, vender, desfazer de algo. O mesmo vale para as novas compras.

Nestes dias peguei uma blusa muito bonita que tenho no fundo do meu armário, eu nunca uso, mas tinha dó de doar por ser novinha. Pensei em sua tristeza, afinal ela foi feita para ser vestida, para estar comigo no meu trabalho, para ser elogiada, para se sujar e ser lavada. E como eu estava sendo egoísta impedindo que ela cumprisse sua missão, deixando a esquecida no fundo do armário.

Olhei para aquela camiseta velhinha, já com algum furinho, que eu uso pra ficar em casa, fazer faxina, ou dormir. Essa sim se sentia feliz e plena, afinal estava sempre comigo, nos momentos do dia a dia, cumprindo a sua missão. Acho que somos assim também no fundo desejamos nos sentir úteis, isso nos dá sentido e motivação na vida.

Para mim funciona como terapia é como se enquanto estiver limpando as coisas por fora, ao mesmo tempo estivesse limpando por dentro, me organizando, e deixando alguns espaços vazios para o novo.

Depois de fazer esse levantamento, eu gosto de organizar os armários as gavetas, isso me dá uma satisfação, percebo que alguns espaços ficam vazios e devem permanecer assim. No Feng Shui estudamos a respeito dos espaços vazios, eles são importantes, porque o universo sempre preenche os espaços vazios com coisas boas como a sorte e a esperança...

Evento sustentável

Estive num seminário recentemente que aconteceu num badalado local de eventos de São Paulo. Tudo estava perfeito, a decoração, o serviço, a comida.


Comecei a pensar como seria interessante imaginar como seria um evento sustentável.

Acho que os crachás e os blocos de anotação seriam feito de papel reciclado, feitos por alunos de uma ONG que usa as oficinas de papel reciclado para gerar renda e manter seus projetos.www.caminhando.org.br

O serviço de garçom teriam o apoio de pessoas com síndrome de dow , que foram treinadas para atuar em eventos, servindo os convidados.Isso permite a geração de renda e o fortalecimento da auto estima, por que estão se sentindo úteis. WWW.adid.org.br

O serviço de recepção, equipe técnica e apoio de palco seria feito por jovens aprendizes do programa de aprendizagem WWW.nurap.org.br

O pão, esse seria feito da padaria de uma ONG que fica em Veleiros, eles fabricam todos os tipos de pães e com o lucro da padaria, mantêm cursos profissionalizantes para 1.600 jovens por ano. www.n-fatima.org.br

Sabe aquela canela em pau que foi utilizada com muito bom gosto para misturar o café? Pois é, ela seria reautilizada nas oficinas de velas aromatizadas de outra ONG que ensina artesanato como geração de renda para mulheres em vulnerabilidade social.

Cada participante receberia uma caneca e seu nome seria escrito na hora, ela seria a única forma de se consumir as bebidas do evento. Desta forma não se utilizaria os copos descartáveis e depois a caneca ficaria como brinde.

Cada participante que optasse por dispensar aquelas pastas e programas do evento e aceitasse receber por e-mail ou fazer um dow load no local, estaria fazendo uma doação para determinado projeto social.

A cobertura do evento seria feita por jovens da oficina de imagem e vídeo da comunidade, para que aprendessem na prática como se realiza a cobertura de um evento.

Enfim, de item em item, poderia ficar aqui até o final do dia imaginando as possibilidades.

Talvez o preço final fique mais alto. Mas se pensar bem, o verdadeiro preço final da desigualdade, falta de oportunidades e negligência que temos pago nos útimos tempos, tem sido bem mais caro.

E que acho meio contraditório eventos que discutam sobre sustentabilidade, responsabilidade social, ou inclusão de Pessoas com Deficiência que continuam com os mesmos formatos antigos.

Saber e não fazer é o mesmo que não saber.

Fica minha sugestão....Quem se interessar em fazer algo do tipo, entre em contato, tenho muitos contatos, conheço inúmeros projetos e ONGs que farão toda a diferença num evento.