quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sustentabilidade com ares de Japão






Divulgação

Não desperdício, meta de Tiemi Yamashita
Tiemi Yamashita, professora do curso Sustentabilidade - Estratégias Inovadoras, que a Cásper Líbero promoveu entre os dias 30 de julho e 2 de agosto, está há quatro anos sem carro. “No meu dia a dia, procuro ser sustentável. Penso assim, o carro existe para que? Para transportar. Quanto tempo ele me transporta e quanto fica parado no estacionamento?”.
Mas Tiemi, formada em Publicidade e Propaganda pela Cásper, faz questão de deixar claro que não é contra o uso do carro, afinal, cada um sabe de sua necessidade cotidiana. Ela é que prefere usar trem, metrô, ônibus e até táxi, em casos específicos, para exercer o papel de consultora em empresas interessadas em desenvolver projetos de sustentabilidade.
A ideia é aproveitar o tempo no transporte para compartilhar situações vividas pelos diferentes profissionais que formam o público-alvo das atividades que Tiemi desenvolve. Assim, ela dá vida às aulas do curso que ministra na Cásper: “Sustentabilidade, na prática, nada mais é do que a humanização dos processos”, afirma.
Em sua 7ª edição na Faculdade, o curso costuma reunir um público formado por estudantes e profissionais de comunicação, no geral,  majoritariamente feminino, e tem como base o Mottainai, ensinamento de origem japonesa que estimula o não desperdício. “Fala-se em sustentabilidade há uns quinze anos, mas, nos últimos dez, as ações estiveram mais ligadas à consciência ambiental, não havia uma visão completa”.
E o que é sustentabilidade, afinal?
Para Tiemi, a visão completa da sustentabilidade é um compromisso estratégico das empresas que desejam crescer e permanecer no mercado. “Sustentabilidade é olhar para dentro, olhar para os recursos que se tem hoje. O que eu trago nos cursos é uma nova visão da sustentabilidade, pouco convencional.”
Ela continua: “Muita burocracia é sinal de desconfiança. Quanto mais se desconfia das pessoas e dos processos, mais dinheiro e mais tempo se desperdiça para manter a segurança. E como é que se aumenta a base da confiança? Fortalecendo o relacionamento.”, diz.
E é aí que entra o profissional de comunicação, fundamental para o mapeamento das informações que criam a memória de práticas em uma empresa. O comunicador é o responsável pela conscientização dos setores para além da noção de que sustentabilidade tem a ver com meio ambiente, mas também com as relações interpessoais e de comércio.
Sendo assim, o profissional que se especializa e compreende a vocação da sustentabilidade, tem lugar garantido em comitês, departamentos e divisões de sustentabilidade nas empresas, pois, afirma Tiemi, a carência de profissionais com este perfil é uma das queixas vigentes no mercado.
Investir na capacitação dos funcionários é, aliás, uma atitude altamente sustentável, de acordo com Tiemi. Dessa forma elas contam com os melhores profissionais atuando nos melhores ambientes e produzindo eficazmente independente do porte ou da verba disponível. “Ao invés de buscar talentos externos, por exemplo, melhor instituir uma cultura sustentável e aproveitar a prata da casa.”